Carlos Porto afirmou ainda que o atraso nos dados dos municípios se dá pela falta de informações das próprias cidades
Do JC Online
Presidente do TCE-PE disse que o 'Tome Conta' terá os dados atualizados até o fim de janeiro
Foto: Guga Matos/JC Imagem
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Carlos Porto, explicou na tarde desta quinta-feira (14) que, devido à crise financeira que o País atravessa, "(as eleições de) 2016 será um bom ano para os (candidatos) aventureiros, aquelas pessoas que vão chegar e prometer tudo". "Os candidatos que entram na disputa política com um pouco de responsabilidade já começam perdendo, pois terá gente que prometerá mundos e fundos. Só que não está fácil", pontua Carlos Porto.
Carlos Porto disse ainda que sonha com o dia em que o TCE-PE aprove todas as contas dos municípios pernambucanos. "O ideal é que o órgão apresente os dados de que não houve qualquer irregularidade nas despesas das cidades. Mas, hoje, não é possível", pondera.
Carlos Porto ressaltou ainda que o atraso na atualização dos dados do novo portal da instituição voltado para a população, o Tome Conta, se dá pela falta de informações fornecidas pelos municípios. Dados como despesas, por exemplo, tiveram a atualização no dia 30 de novembro, indo de encontro ao que foi determinado no lançamento do site, ocasião em que o TCE-PE anunciou que a atualização nos dados seria realizada de forma mensal.
"No site é possível ver a 'última atualização' dos municípios. Os dados vão mudar automaticamente à medida em que os municípios enviem seus dados", disse Porto, que declarou ainda que a expectativa é de que os dados sejam atualizados "ainda em janeiro".
A página Tome Conta entrou em vigor no final de outubro, e tem o objetivo de mostrar detalhes de cada empenho pago pelas prefeituras, órgãos e empresas públicas estaduais. A maioria dos dados são coletados pelo sistema Sagres, com dados municipais atualizados mensalmente, e do e-Fisco, que traz dados diários das contas do Governo do Estado. Bases de dados de outros órgãos, como os ministérios da Educação e Saúde, também são compiladas para mostrar, por exemplo, dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e a quantidade de médicos por habitantes. Segundo o presidente, o portal já tem, em média, 300 mil acessos por mês.